quarta-feira, 1 de abril de 2009

Um Princípio

Tenho uma certa aversão a textos conceituais, pois normalmente se tornam chatos como aulas expositivas, por este motivo ofereço a meus caros leitores a liberdade de desistir de ler antes do final, mas a abordagem é inevitável.

Para uns ética e moral são sinônimos, alguns outros inferem conceitos diferenciados, porém dotados de cerne único; para o senso comum a ética será estudada em um futuro incerto, como objeto de uma teoria a respeito de uma coisa que dificilmente será utilizada; já a moral, também para o senso comum, se refere unicamente a assuntos relacionados a sexo e como tal deve ficar reclusa a quatro paredes, que são capazes de ocultar as mais variadas perversões e desvios psíquicos, não que estes sejam totalmente ruins, mas maculam e despem de forma irreversível, imagens outrora enganosamente vendidas.
Tanto uma quanto a outra fazem parte do universo de valores da sociedade livre, mais, se referem a comportamentos relativos ao convívio social, o que as estabelece no mesmo âmbito, tornando aceitáveis as primeiras inferências aqui citadas.
A moral está ligada ao contexto de determinado grupo social, são padrões aceitáveis de comportamento restrito exclusivamente àquela sociedade. A ética transcende as delimitações culturais das sociedades fechadas, mais que um valor social é um valor humano, fato que automaticamente promove a um Princípio.
A ética é uma só, invariável, e vale para todos os humanos, já a moral é dotada de subjetividade adaptada às várias nuances culturais e, portanto, impassível de julgamentos.
A interpretação equivocada destes dois valores é, conclusivamente, a raiz de todo preconceito, abstraídos os aspectos das ditas minorias, pois se aborda aspectos morais com visão ética.

Um comentário:

  1. Me encontrando com Paulo, perguntaria:
    Tudo me é licito mas nem tudo me convém.O que menos converia se tudo me é lícito?
    Um abraço Drº!!!

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