sexta-feira, 15 de maio de 2009

Sucesso

Não é raro cometer-se o erro de vivamente hostilizar uma tendência ou pessoa porque aconteceu enxergar apenas seu lado exteriorizado, seu estiolamento ou os defeitos de suas virtudes, que lhe são inescapáveis; há sempre desprendimento em prontamente criticar e marginalizar o que não se conhece e parece moralmente inaceitável.
Então vira-se-lhe as costas buscando uma direção contrária, pois a fraqueza impede de encarar tal diferença; mas o melhor seria procurar os aspectos bons e fortes, ou desenvolvê-los em si mesmo.
O senso comum tem a explícita dificuldade em evoluir, pois nutre prazer em apontar defeitos alheios ao invés de usá-los como exemplo. Isto requer, sem dúvida, um olhar mais vigoroso e uma vontade maior de promover o que é imperfeito e está em evolução, em vez de perscrutá-lo e negá-lo em sua imperfeição.
O sucesso é para poucos por que requer a combinação de visão holística, disciplina e sacrifício pessoal, nuances pouco cultivadas concomitantemente; é fácil perceber isso de forma empírica observando a marca maior da ausência de disciplina, o atraso; estar constantemente atrasado denota falta de organização pessoal e conduz ao natural o indivíduo à integrar o senso comum.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Rubão

Hoje fui surpreendido com a triste nota de falecimento do pai de um dos assíduos leitores deste blog, meu grande amigo Rubão; é estranho referir-me a ele assim, costumo chamá-lo de Gafanhoto, uma referência ao seu porte físico, mas este é usado para quando estamos felizes.
O pai do Rubão era mais que pai, era o farol que servia como referencial ético num escuro mar de ofertas tentadoras.

Apagou-se o farol que alumiou,
Nada mais dele para ver ou tocar,
Apenas sentir seu indelével perfume no ar.

No velório não havia ninguém desesperado, apenas a presença da profunda dor que se sente diante do irreversível, inesperado e imutável; credito toda esta serenidade ao farol que ora se apaga quando ensinou a seus familiares como se portar diante de tragédias;
Quisera eu ter o poder de voltar o tempo e não ver meu amigo sofrendo de algo pelo qual nada se pode fazer, e como aquilo dói, dói tanto nele que refletiu em mim, não derramei lágrimas lá, mas não as contive aqui, porque doeu em mim ver o Rubão chorar.
É impressionante como a vida é fugaz, uma tênue linha delimita nossa existência, todos nós sabemos disso, mas ninguém consegue manter-se incólume quando essa linha se rompe perto de nós.
- Deus te abençoe, meu amigo.
 
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