terça-feira, 5 de maio de 2009

Rubão

Hoje fui surpreendido com a triste nota de falecimento do pai de um dos assíduos leitores deste blog, meu grande amigo Rubão; é estranho referir-me a ele assim, costumo chamá-lo de Gafanhoto, uma referência ao seu porte físico, mas este é usado para quando estamos felizes.
O pai do Rubão era mais que pai, era o farol que servia como referencial ético num escuro mar de ofertas tentadoras.

Apagou-se o farol que alumiou,
Nada mais dele para ver ou tocar,
Apenas sentir seu indelével perfume no ar.

No velório não havia ninguém desesperado, apenas a presença da profunda dor que se sente diante do irreversível, inesperado e imutável; credito toda esta serenidade ao farol que ora se apaga quando ensinou a seus familiares como se portar diante de tragédias;
Quisera eu ter o poder de voltar o tempo e não ver meu amigo sofrendo de algo pelo qual nada se pode fazer, e como aquilo dói, dói tanto nele que refletiu em mim, não derramei lágrimas lá, mas não as contive aqui, porque doeu em mim ver o Rubão chorar.
É impressionante como a vida é fugaz, uma tênue linha delimita nossa existência, todos nós sabemos disso, mas ninguém consegue manter-se incólume quando essa linha se rompe perto de nós.
- Deus te abençoe, meu amigo.

2 comentários:

  1. Obrigado, meu grande amigo, pela homenagem, que para mim reflete justamente a perda de um norte, uma referência, um exemplo a ser seguido.

    Quero ainda aproveitar para ressaltar que vou orar não só para o meu, mas também para que o seu pai possa estar cada vez mais firme junto de você e sua família.

    Grande abraço, irmão.

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  2. Só sabe realmente essa dor quem já passou por ela.Meus sentimentos mais sinceros!
    Chrys.

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