quarta-feira, 18 de março de 2009

O Novo


Quem realmente quiser conhecer algo novo, seja uma pessoa, um livro ou uma instituição, fará bem em receber esta novidade com todo o amor possível, e rapidamente desviar os olhos e mesmo esquecer tudo o que há de hostil, desagradável, falso: de modo a dar ao autor de um livro, por exemplo, uma boa vantagem inicial, e, como se estivesse em uma corrida, desejar ardentemente que ele atinja sua meta.
Pois assim penetramos até o coração, até o centro motor da coisa nova. O que significa justamente conhecê-la. Se alcançamos este ponto, a razão pode fazer suas restrições; a superestimação, a desativação temporária do pêndulo crítico, foi somente um artifício para fazer aparecer a alma de uma coisa.
Em contrapartida, se pensamos bem demais ou mal demais das coisas, sempre temos a vantagem de colher uma satisfação superior: com uma opinião preconcebida que é boa demais, geralmente introduzimos nas coisas e vivências mais doçura do que elas realmente contêm.
Uma opinião preconcebida que é ruim demais produz uma decepção agradável: o que havia de agradável nas coisas é aumentado pelo agradável da surpresa.
- Mas um temperamento sombrio terá a experiência inversa em ambos os casos.

Um comentário:

  1. Nossa, agora entendi por que as vezes tenho medo de coisas novas!!!
    Voce tem uma facilidade de expressao incrivel.
    Beijos sempre,Mi.

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